Expressar-se nem sempre é possível, tento pra não sufocar, mas " o que não pode ser dito deve ser calado".

quarta-feira, 17 de novembro de 2010









Entre à luz e a multidão

A Moça

Entre seus lábios e a canção
Entre o balançar e sua mão
Entre o bater e o coração

Uma temporaria solidão.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O céu, o Mar, e os teus Olhos.



Quando na esperança do teu caminho estreito
Me deram a vida para que ele não fosse curto
Eu prometi guiá-lo
E invadí-lo mesmo que no escuro.

Não, não tenho a certeza de ti
Mas o infinito azul pelo qual me olhas
Me diz muito além do que meu ouvido explora.

E o deleito teu sob o meu corpo
Me faz sentir o belo Moço
Que em absoluto êxtase se transforma
E com as suas voluptuosas mãos me dá forma.

Carregando na pele mais incertezas
Prefiro continuar à luz e à sombra
De um amor inseguro

Tendo a esperança que este
Seja o mais insanável do mundo.

14.08.09

Não Salvarei o Mundo


Nada me fará aceitar as desgraças...
Mas não aceitá-las não muda em nada a realidade de sua existência.
Quando não aceito apenas fujo.
Para que encará-las?
Não tenho culpa pela existência de desgraçados.
Não preciso salvar o mundo...

Nem posso.
Mas devo. Devo fazer que o mundo salve os desgraçados.
Ser mais que uma peça entre todos que entende o perigo da existência deles...
Pois quando os vejo como iguais, apenas farei compreender a verdade de um criador.
Quando os vejo diferentes estarei alimentado em mim desgraçadamente a realidade fugidia.
Quando seguro a sua mão. E compartilho o suor de nossas dores,
Verei momentos desgraçados igualmente presenciados, e a verdade do criador se tornará apenas a realidade.


06.01.2010

Para o comedor de restos


Eles prendem a respiração,
apressam o passo e trocam a visão.
Reclamam da sujeira e compram cadeados pra o lixeiro e pro portão

Nas pontas dos meus pés sou mais feliz


Nas pontas dos pés Eu Vou seguindo: indo e vindo, ao encontro do incerto, do certo, do abstrato e do concreto.
Nas pontas dos meus pés vou descobrindo muito mais do que imagino, sem perguntar pelo inimigo...
E na ponta dos meus pés eu vou dançando, pois com essa leveza encontro o encanto, dos amores do Mar e dos meus prantos...

Pés no chão porque se tenho sonhos?
Se é neles que encontro a saída, de um mundo previsível de conquistas...

Nas pontas dos meus pés eu ando, corro, danço e sonho, e sem fazer barulho, porque a luz me mostra ao mundo, e a leveza não é o Dom de muitos.

Eu ando, corro, danço e sonho na ponta dos meus pés, pra não fazer barulho, e acordar o dedo duro, que me impede de ser Feliz no escuro...

Eu ando, corro, danço e sonho na ponta dos meus pés. Porque na ponta deles vejo longe, firme o suficiente para ir em frente e sutil o suficiente pra acreditar que um dia, eu vou voar.